O suicídio - Rádio Maranata FM - Paulo Afonso-BA
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O suicídio é uma forma de deserção. Suicídio é o "ato pelo qual um homem, por sua própria autoridade, dá a si mesmo a morte". Conforme Lê Senne, na citação de Régis Jolivet, suicídio "é o assassinato de si mesmo por conveniência pessoal, isto é, um ato pelo qual o "eu" que o decide e o executa considera-se como superior a todo fim, regra ou valor moral".
Dá-se o suicídio, stricto sensu, quando o indivíduo procura determinadamente a morte por qualquer meio com plena consciência do ato que pratica. Filosoficamente, assim considerado, seria de se excluir o caso de uma pessoa que se mata por efeito de um erro fatal ou acidente, assim como o de um demente que põe fim à própria vida sem perfeita consciência do resultado do seu ato e, ainda, o caso da pessoa que assume o risco da morte em defesa da pátria ou para salvar alguém de um perigo.
Todavia, é bastante usado o termo, lato sensu, para compreender qualquer atitude da pessoa contra sua integridade física. A prática suicida se perde na bruma dos tempos. Vamos encontrá-la nas priscas eras da história humana.
Entre os orientais dominados pelo fanatismo religioso ou condicionado ao abandono de si mesmos, ao desprezo dos bens terrenos, o suicídio era coisa banal. No Oriente antigo, os gimnosofistas, membros de uma seita filosófica ascética, que andavam nus nas florestas para aprender a desprezar a vida, quando estavam velhos e doentes se atiravam naturalmente às fogueiras.
Tem-se ciência de que na Índia, durante muito tempo, houve suicídios ritualísticos: nas festas Djagenernat, os seus adoradores se atiravam sob seu carro para serem esmagados; era comum, também, as viúvas atirarem-se à pira funerária (fogueira da incineração) dos seus maridos para serem queimadas vivas.
Na China antiga, o suicídio era bastante comum. Por ocasião da queima de livros sagrados, por ordem do Imperador Ching-Caangue-ti, quinhentos discípulos de Confúcio se suicidaram para não sobreviverem àquela perda.
No Japão, até há algum tempo, o Haraquiri (rasgar as entranhas) era considerado o mais honroso dos suicídios. Na história do antigo Egito, tornou-se célebre o suicídio de Cleópatra, que se deixou picar por uma áspide por considera isto um meio mais suave de morrer.
Na história do pensamento, no período clássico, encontramos o suicídio considerado como coisa permitida e, em certos casos, louvada (moralistas/estóicos) e, também, como ato condenável (Pitágoras/Sócrates).
Modernamente, o suicídio passou a ser tido pelos espiritualistas e por Kant como um ato reprovável, enquanto veio a ser legitimado pelos moralistas/pessimistas e, em geral, pelos materialistas.
Sob a ângulo da moral, o estoicismo considerava o suicídio até como uma virtude, no caso em que o indivíduo não via possibilidade de ficar consequente consigo mesmo e permanecer na sociedade. Friedrich Nietzsch, filosofo alemão, justificava o suicídio dos fracos e descrentes, baseado na sua doutrina do eterno retorno.
O suicida depressivo. Infelizmente existem casos de depressão em que os deprimidos escolheram erradamente o caminho do suicídio - violando assim, o direito natural da vida. Nesse caso, o suicídio torna-se " a autodestruição, mediante a supressão intencional da própria vida". Alegando pressão alguns notáveis da história suicidaram-se alegando "a Teoria dos valores" quando na verdade estavam com depressão. Sócrates, Adolf Hitler, Santos Dumont, Getúlio Vargas e outros vultos da história.
O cristianismo sempre foi contrário à atitude suicida, e o protestantismo, através principalmente de Lutero e Calvino, sempre ensinou que Deus é o Senhor único e Absoluto da vida e da morte, sendo o suicídio considerado uma violação do direito natural, desde que o homem não se pertence, não é seu próprio autor e dono. A pessoa não pode dispor de sua vida a seu talante.
Destarte, do ponto de vista da filosofia moral cristã, o suicida labora conta Deus, o autor da vida; contra si mesmo, privando-se da vida, em lugar de conservá-la mesmo diante do infortúnio , e contra a sociedade, pelo fato de privá-la de um seu membro e negar-lhe exemplo de paciência na adversidade.
Do ponto de vista sociológico, é de verificar se que estudos do tema terminaram por estabelecer certos fatos curiosos:
1. A raça branca é mais sujeita ao suicídio.
2.Os homens concorrem com uma contribuição maior do que as mulheres para o suicídio.
3.O suicídio, em sua incidência, aumenta, em geral, com a idade, e as mulheres que se suicidam o fazem com menos idade do que os homens, sendo que, a partir dos quarenta (40 anos a proporção dos homens acha-se em excesso.
4.Até os oitenta e cinco ( 85) anos sempre predomina o suicídio dos homens em relação às mulheres.
5.Os casados são menos propícios ao suicídio do que os solteiros e estes menos do que os divorciados.
6.Os meios preferidos empregados no suicídio são, por ordem: enforcamento, afogamento, tiro, instrumentos cortantes e envenenamento.
7.Os meios empregados pelas mulheres são menos violentos do que os empregados pelos homens.

SEIS SUICIDAS NA BÍBLIA
Do ponto de vista divino de observação, a Bíblia fala de seis suicídios, a saber:
1.Sansão. Jz 16.30.
2.Saul. I Sm 31.14.
3.O escudeiro de Saul. I Sm 31.5.
4.Aitofel. II Sm 17.23.
5.Zinri. I RS 16.18
6.Judas Iscariotes. Mt 27.3-5.

O SUICIDA VIOLA O DIREITO NATURAL
O suicida viola o direito natural, porque o homem não pertence a si mesmo. Matando-se, o homem:
1. Peca contra Deus, que é o Senhor da Vida.
2.Peca contra si mesmo, privando-se do primeiro dentre os bens deste mundo e do mundo vindouro, que é a vida. Deus disse: " Não matarás" ( Êx 20.13): quer dizer: A ti mesmo e a outrem. "Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si" (Rm 14.7).
3.Peca contra a família - trazendo sobre ela um opróbrio constrangedor para o resto da vida.
4.Peca contra a sociedade, primeiro por privá-la de um dos seus membros, e, depois, por recusar-lhe o exemplo da virtude e da paciência na angustia.
"Aquele que tem um porquê para viver consegue ultrapassar quase todos os Cosmos" - Nietzsche

OBRAS CONSULTADAS
Nietzsche - O filósofo do Niilismo e do Eterno Retorno. Pensamento & Vida. Editora Escala.
Sociologia. Danos Colaterais - Desigualdade Social Numa Era Global. Bauman, Zygmunt/Zahar. Editora Marca.
A Tradição-Sabedoria: uma introdução ao estudo comparado de filosofia oriental e ocidental. Pedro Oliveira; Lindemann. Editorial Kiron.
Pesquisa do IBGE.
Pensadores Cristãos. Franklin Ferreira. Editora Vida.


AUTOR: Pr. Napoleão de Castro
É teólogo, conferencista e pastor da Assembleia de Deus na cidade de Cacimbinhas-AL 



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